Li essa semana o post de um empreendedor de impacto social que falava sobre educação ser diferente de dar valores, e que precisamos mesmo são de seres humanos com valores e propósitos claros. CONCORDO.
Mas trago verdades: mães e pais, são os únicos capazes de mudar esse estado de calamidade social em que estamos.
Tem um vídeo do TEDxAthens (2013) extremamente interessante, no qual o historiador Roman Krznaric fala sobre como vivemos na Era do hiper individualismo achando que resolveremos tudo com uma overdose de livros simplistas de auto ajuda.
A consequência disso é que as pessoas acreditam que a felicidade está centrada nos SEUS desejos. Como humanos, na maioria das vezes somos cegos para as necessidades de outros seres humanos e é por isso que o mundo está como está.
E sinto dizer que, apesar de poucos falarem sobre isso, só há uma forma de mudar esse cenário!
Para começar uma revolução na forma de pensar, a única estratégia possível para criar o impacto que precisamos é olhar com total atenção para as nossas crianças.
Uma criança deveria ser responsabilidade social e econômica de todo um país: mas infelizmente não é.
Essa grande missão está, hoje, nas mãos dos adultos que toparam encarar essa jornada: o desenvolvimento total de um ser humano completamente novo.
É, de longe, o maior desafio que qualquer um possa encarar!
(Mesmo que as vezes o mundo te faça acreditar que desafiador mesmo é conseguir aquele cargo, impressionar o chefe ou arrasar naquela reunião de diretoria)
Preciso então abrir um parêntese: é INCRÍVEL ver a paternidade ativa ganhando espaço e notar que o número de pais que estão no jogo pra dividir a responsabilidade já não é tão tímido quanto antigamente, e eu, como uma otimista por opção, vejo esse movimento com empolgação de que dias melhores, de mais responsabilidade compartilhada, estão por vir.
No entanto é inquestionável o poder de influência MATERNA na chegada desse ser ao nosso mundo.
Não “só” por ser o portal dessa chegada, no caso dos filhos biológicos, mas por estar no mesmo território emocional dessa criança nos primeiros anos de vida.
Laura Gutman, psicanalista argentina, desenvolveu uma teoria com estudos de mais de uma década que comprovaram a potência dessa conexão emocional entre mãe e filho, a chamada fusão emocional, e o quanto é primordial que essa mulher esteja presente para dar a esse bebê sensação de amor e acolhimento.
“O bem-estar ou o mal-estar experimentados durante os primeiros anos de vida organizam a conformação psíquica e espiritual de qualquer ser humano. A primeira infância é o momento-chave, a raiz, a semente da constituição corporal, afetiva e emocional. O desenvolvimento de nossa vida futura dependerá de como fomos amados, protegidos, apoiados, amparados e tocados na primeira infância” diz Laura.
E é por isso, que empresas que querem mudar o mundo podem começar cuidando das colaboradoras que toparam ser tutoras de novos seres humanos. Essa “mudança no mundo” definitivamente está muito mais nas mãos das mães (e dos pais) do que nas mãos de qualquer equipe de sustentabilidade ou nas ações de impacto social.
Meu convite é para que tiremos as vendas desse modelo cultural antigo e pouco estratégico. De um mindset que tira as mães da jogada, quando na verdade são elas que tem nas mãos o grande potencial de fazer girar essa grande roda de mudança do mundo! Cada criança criada com presença, com valores, com habilidades sócio-emocionais, menos egoístas e menos individualistas aproxima a sociedade do nosso tão sonhado MUNDO NOVO. Daqui a poucos anos, as principais decisões do mundo serão tomadas por nossas crianças.
“Uma mulher que se torna mãe não exerce a maternidade apenas junto a seu filho. Ela se torna mãe do mundo, disposta a mudá-lo para melhor a qualquer preço. E isso não tem volta.” Fala de Cris Guerra autora de diversos títulos sobre maternidade no prefácio do nosso livro “MÃE A PROFISSÃO CAPAZ DE MUDAR O MUNDO”.
Carmem Madrilis | Mãe e co-founder do Grupo M.Ã.E e do MÃE Corporate, autora do livro: Mãe, a profissão capaz de mudar o mundo
O Grupo M.A.E é uma startup brasileira de tecnologia e educação que capacitou de forma direta 3 mil mães empreendedoras no último ano por meio de sua plataforma virtual com metodologia exclusiva para desenvolvimento de negócios. O Grupo também fez parte do programa de aceleração de startups da Farm e recebeu prêmio whow! de inovação como empresa mais inovadora do Brasil em causas sociais e mulheres mais inovadoras em impacto social, além de ser listada como rising star (10 maiores empresas com potencial disruptivo nos próximos três anos). O Grupo também lançou em 2019 a unidade de negócios MAE Corporate, núcleo de inovação, pesquisa e planejamentos estratégicos para a permanência de mulheres no mercado de trabalho após a maternidade. Nesse segmento, o MAE Corporate colabora oferecendo às empresas interessadas um conjunto de soluções customizadas para melhorar o engajamento com as colaboradoras.
