Carreira e Propósito

O que eu achei sobre a saída do MORO? E o que isso tem a ver com minha saída da CAIXA?

Antes de começar, se você espera que eu termine esse texto acusando MORO ou BOLSONARO, ou qualquer outro ser humano de qualquer coisa, não leia, ou chegará ao final bem frustrado.

Primeiro, porque eu não sei, ninguém sabe, e ainda tem muito por vir. E também muito por não vir (as retratações também só serão divulgadas se atenderem à grandes interesses).

Segundo, porque não é isso “OU” aquilo.

E terceiro, porque sim, o jogo é pesado. Vivi e vi de perto muitas situações parecidas com essas, onde nem tudo o que parece, é. E pude ver o nível de doença do sistema, onde nem sempre a verdade aparece e prevalece. Brasília não é fácil, não. Tenho orgulho dos meus amigos que estão lá tentando mudar essa situação, trabalhando arduamente. Eles sabem, mas não podem falar, que qualquer enfrentamento pode ser fatal. E nem sempre a firmeza de caráter e a verdade é suficiente para preservar a vida, diante de tantos interesses ilegítimos.

Feito esse contexto importante e inicial, vamos começar:

Estamos vivendo um dia e uma época de grandes consequências de coisas que vem acontecendo há décadas, para acharmos a cura de um problema muito maior. E enquanto ficarmos nos distraindo, não entendermos isso, e não agirmos no caminho da solução da causa (e não da consequência), seremos uma sociedade condenada à prisão e à manipulação moral.

Algumas informações e algumas razões que me fizeram sair da Caixa, para não voltar:

1. Eu cansei, meu corpo cansou, minha mente cansou, assim como possivelmente existam muitas pessoas no limite agora (perto dele ou passando), morrendo de infarto, depressão ou bournout, ou muito doentes, pensando em se matar, ou ainda mascarando sintomas com psicoativos, sentindo ansiedade ou dores por todo o corpo, em seus atuais trabalhos (públicos ou privados). Mas admitir o “cansaço” pode ser pior que morrer, pode afetar a “imagem”, pode ser símbolo de fraqueza, ou pode significar que aquela atividade que eu fazia não era pra mulheres, e talvez por isso praticamente só tinham homens lá, ou porque um monte de etc e blablablá. Pois bem, eu cansei, e se não tivesse ouvido meu corpo físico e minha alma (quando perguntei se era lá que eu queria estar se soubesse que morreria em 6 meses), hoje eu seria só uma lembrança pra minha família, alguns amigos e uma estatística para o banco e OMS.

2. Eu entendi que a vida era bem mais que: casar, ter filhos, ter uma carreira, comprar uma casa e um carro, ter fé em Deus, viajar nas férias e me aposentar e “curtir a vida” descansando com “estabilidade” até o “fim”. E veja bem: EU NÃO ESTOU FALANDO QUE ESSAS COISAS NÃO SÃO IMPORTANTES. Agora, elas não são as únicas e tinha muito mais à ser feito, para tornar todas essas experiências muito mais felizes e plenas, e decidi SIM, voltar 2 longas casinhas e entender melhor o propósito da nossa existência e de todos os corpos que me habitavam, assim como as leis que regiam à mim e ao universo. E para isso, paguei um preço bem alto:

  • Financeiramente: sim, a princesa deixou o castelo e todas as suas mordomias, porque valores são inegociáveis, quando feridos fortemente,precisam ser ouvidos, e sem opção de exigências externas como Moro citou, apenas as que eu mesma me fiz e construí ao longo de quase 30 anos de trabalho;
  • Espiritualmente: lágrimas que possivelmente fariam um rio correr, honro e agradeço por cada uma delas. Autoconhecimento dói, não é um caminho linear, barato, indolor, mas é uma trajetória muito séria, LIBERTADORA, FELIZ, GRATIFICANTE e instigante. Daquelas que fazem tudo valer a pena. Hoje descobri que tenho uma missão de democratizar isso pra quem quiser e estiver disposto, usando minhas habilidades. Mas isso é outra história e não é o foco desse textaoooo. E estou sempre disposta à ajudar, com a trajetória que já fiz até aqui, quem sente o chamado de que chegou a sua hora.
  • Moralmente: não, pra mim não foi mais fácil. Eu sangrei pra tomar a decisão, eu tive que me planejar, investir em mim, ter coragem, fé, e superar o medo.

3. Eu percebi com a trajetória que eu já tinha feito na espiritualidade, na época que eu ainda estava lá, que o mundo novo que eu queria construir e me sentia chamada por uma missão, à construir, precisava da minha dedicação, e que eu não ia conseguir fazer isso trabalhando 20 horas por dia.

4. Eu DESISTI (isso mesmo, e já doeu muito falar isso) do sistema do mundo velho, corporativo competitivo, que pensava só em lucro (DE NOVO: NÃO ESTOU DIZENDO QUE O LUCRO NÃO SEJA IMPORTANTE, pelo contrário, mas não é só isso). Eu desisti porque vi que ele não funcionava e que não havia dentro do “sistema”, disposição e interesses REAIS de mais pessoas para que ele mudasse. E o que chamo de reais: fazer pelo todo, ainda tem muito a cultura do, primeiro eu, mais uma polaridade, de não pode ser os 2, não poder ter equilíbrio. Infelizmente o sistema está cheio de gente doente emocionalmente e mentalmente, disputando cargo, ego, beleza e poder, em cima de uma cadeira, segurada bem firme, para não escapar, onde o último interesse ou atenção que podia ser dada, é ao real mandato e propósito mais íntegro do trabalho. E aonde o medo e a parcialidade imperava sobre a grande maioria as decisões importantes.

5. Eu desisti do modelo político: de trabalhar em uma empresa comandada por regras públicas e políticas, unicamente. O que ao contrário, do que muitos defendem, não são feitas para proteger a missão da instituição e os interesses da população. O caminho é a privatização? Não sei, também uma outra discussão que merece uma análise e construção de um futuro desejado. Talvez uma reforma política? O que melhor responde é: uma reforma moral e um salto quântico. Em uma live essa semana, uma grande amiga e missionária, foi questionada: o que ela faria se pudesse, se fosse a presidente? Ela respondeu: uniria todos os partidos, porque todos tem algo bom e tem muito à contribuir, e que juntos, a gente resolveria todos os problemas da nossa nação, que somos um país rico e abundante de tudo. Coisa linda ver como funciona a mente de um ser brilhante, iluminado, espiritualizado, abundante, próspero e orientado pelo bem maior, e não apenas o seu único bem. Eu concordo com ela e fui com essa mentalidade para Brasília, mas acabei pedindo demissão, não por fraqueza, mas sim, por falta de autonomia total, até mesmo de trabalhar, de defender os interesses dos envolvidos: país, banco e sociedade, por falta de autonomia até de ir e vir (provável motivo do Moro, ou o que ele pôde externar, ou o que ele foi obrigado à externar, ou por mais uma série de razões que nunca saberemos, por trás do que aconteceu, certamente há muuuuuuito mais do que pôde ser dito ou do que ainda será dito).

Poderia falar muito mais, há muito ainda para ser dito. Mas não será hoje.

Conclusões: Moro ou Bolsonaro?

Isso não é importante, nada do que eu disser vai mudar o que aconteceu hoje, para nenhum deles e nem para nenhum de nós. A única coisa que pode ter algum efeito, é buscarmos a nossa VERDADE, da nossa essência. É buscarmos com protagonismo e seriedade, uma vida livre, próspera e feliz, através de um despertar de consciência, combinado com a construção da nossa independência espiritual e material.

Afinal, não existem empresas e nem governos doentes ou ladrões, existem PESSOAS agindo dentro dessas organizações, tomando decisões diárias, coniventes ou não com o “sistema”. Vivemos e SOMOS PARTE DE UM TODO, um mundo ambíguo, incerto, mudando a cada dia, fruto de NOSSAS decisões ou omissões, inclusive políticas. Todos os dias tomamos um milhão de decisões que, certas ou erradas, geram consequências e renúncias, que nem sempre são as melhores. Mas o universo é regido por leis e essas não falham, eu disse NUNCA. Está aí o corona apenas para nos fazer lembrar disso. E sinto muito informar, ele não vai embora, e se for, irá voltar, se não fizermos o duro trabalho de olhar pra dentro e fazer a nossa parte.

Mas o importa, na minha humilde opinião?

Dado que todos somos UM, e que essa unidade ficou clara para todos nós agora, não existe esse ou aquele. Existe nós.

Enquanto estivermos sem coragem de ser nós mesmos, mais preocupados com o lado sombra dos outros, do que com as nossas (de novo, nem um, nem outro, o todo), vivendo as polaridades de verdades, disseminando o ódio, posicionamentos absolutos e rígidos, enquanto não tiver um caminho do meio, onde esse todo, a vida de forma integral, essa unidade, é o que verdadeiramente importa, essas baixas e crises serão necessárias para provocar o despertar e o olhar para dentro, para iluminação das nossas sombras e impulsionamento das nossas almas.

Enquanto não houver EQUILÍBRIO, CONSCIÊNCIA, não haverá LIBERDADE. Enquanto houver a valorização das polaridades, a valorização do “OU”, sobre o “E”: um ao outro, trabalho ou missão, dia ou noite, mulher ou homem, esquerda ou direita, ego ou alma, chuva ou sol, material ou espiritual, mente ou coração, eventos como esse: saída do Moro, da Silvana, etc em momentos aparentemente desastrosos ou indevidos, irão acontecer e serão necessários, por uma causa muito maior.

Resumindo,

Não é sobre ter um culpado, um certo e um errado, um justo e um corrupto. Nota-se que nos 2 lados cada um defende os seus interesses e dos seus (seja família, partidos, instituições etc). Criticar e acusar, não ira resolver o problema e criará mais um: uma guerra de egos, energia de ódio, e nos distrairá do que é realmente importante e essencial.

E A BOLSA E O DÓLAR, SILVANA? Enquanto isso não mudar de forma coletiva, as consequências vão só aumentando: bolsa e dólar, são só a pontinha desse gigante iceberg de consequências. Ajustes estão por vir e um mundo melhor também, desde que possamos aprender e criar as oportunidades, através da nossa essência e centelha divina.

Eu nem entrei no fato de esse não ser o melhor momento para uma disputa de ego, como essa, fato é: VIDAS HUMANAS e NÃO HUMANAS, VIDAS, nunca foram uma preocupação de egos doentes, em toda a história da humanidade. E não serão.

Então não tem jeito de fugir, a SOLUÇÃO é tratar a causa. E vai emergir de cada líder que habita essa terra, e não de um salvador. O caminho do TRIUNFO é o crescimento, o desenvolvimento pessoal e o autoconhecimento, e não as polaridades.

Verdade? Não sei. É o que tenho para contribuir com as experiências e os aprendizados que tive até aqui. Não são verdades absolutas, nenhuma é. É só minha opinião. Eu também sou um ser humano, espiritual, vivendo uma experiência material. E muitas vezes erro e ainda vou errar. E em todas as vezes, vou buscar humildemente aprender e encontrar as oportunidades de evoluirmos.

Eu só tenho uma certeza: meu partido não é o Brasil, é o mundo que habitamos coletivamente, e os meios para a construção de um mundo melhor são a paz e o AMOR, para que almas que precisam ser cuidadas e curadas, possam ser, até porque almas não tem nacionalidade, nem sexo e nem religião.

São apenas almas.

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Silvana Oliveira
CEO e Co-Founder da NeoHub